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Dados:

Gênero: Ficção científica / Pós-apocalíptico

Author: Luiz Eduardo Nascimento

Maricá – Outubro/2016

Língua: Português

ISBN Edição do autor: 9788592195304

ISBN Edição Smashwords: 9781370624089


Sinópse

Família brasileira passa férias no sul da Argentina quando ocorre um evento de extinção em massa. Após superar perda traumática eles precisam cruzar a América do Sul para encontrar algum lugar no planeta onde possam sobreviver ao duro inverno global que se avizinha.

Em um mundo devastado onde quase todos os seres vivos pereceram durante ou logo após o evento, eles tem que enfrentar a fome, as condições precárias de alojamento, a piora gradual do clima e o encontro com sobreviventes que na maioria das vezes se mostram hostis, em um mundo onde governos caíram e não há mais fiscalização da aplicação das leis, nem punição para criminosos.

Esta história fala sobre a relação entre seres humanos, da tentativa de manter valores morais e éticos após a queda da sociedade organizada, de como enfrentar perdas traumáticas sem a ajuda de terapeutas e medicamentos e o empenho do ser humano em sobreviver mesmo quando tudo parece estar contra ele. O romance mistura ficção científica, drama e suspense em uma história repleta de reviravoltas e um fim apoteótico e surpreendente.


Avaliações

Avaliação média na Amazon : 4,7 de 5

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Avaliação média na Apple : 4,2 de 5

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Avaliação média no Kobo: 3,9 de 5


Resenhas Completas

   Dandier C. Araujo (Kobo) 09/08/2017

Um livro que te prende do começo ao fim.

“Esse livro me surpreendeu muito, pois não estava com uma expectativa muito alta em relação à ele. A história retratada te prende do começo ao fim, é aquele tipo de livro que te faz ler de uma vez só. Me fez querer ler mais.”
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 André Gois (top 50 avaliadores da Amazon) 02/12/2016

Apocalipse em Terras Sulamericanas

“É um livro rápido que conta a história de como uma família tenta sobreviver após um evento apocalíptico. Como era de se esperar, é possível encontrar referencias a outras história que tratam do mesmo tema com por exemplo Walkind Dead e o livro o Bom Ditador. Mas nesse livro o que causa o apocalipse é um evento astronômico de grande impacto, a ponto de acabar com quase toda a população do planeta.
A história se passa na América do Sul, e vai se tornando um história de uma viagem onde os personagens precisam se adaptar para sobreviver.
Ao longo do livro você vai se perguntando se a raça humana merece ser extinta de vez ou não. E vai conseguindo argumentos para os dois lados. Mostrando que em situações limites o ser humano mostra o que tem de melhor e pior nele…”

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 Paulo Vinícius F. Santos (top 500 avaliadores da Amazon e editor do blog de resenhas Ficções Humanas) 02/07/2017

Uma família tentando sobreviver em um mundo pós-apocalíptico

“Livros pós-apocalípticos não andam tão comuns como antigamente. Quando eu comecei a ler o livro de Luiz Eduardo foi algo refrescante e fugindo um pouco do lugar comum. Mas, acima de tudo essa é uma história sobre família e como ela é importante para nós acima de tudo.

Roberto e Carol foram passar férias no sul da Argentina tentando ver as belíssimas paisagens da aurora. Um passeio em família com o filho e tudo parecia caminhar para uma viagem inesquecível. Estamos alguns anos no futuro e o sol parece estar se comportando de uma maneira estranha. O G20 esconde informações do público, mas logo não será possível adiar o inevitável. Após um dia de aventuras, a família descansa em sua pequena cabana, já pensando no retorno. Roberto acorda abruptamente após um estranho evento em que o mundo parece estar pegando fogo. Toda a vida desta família fica de ponta a cabeça e agora o que parecia ser algo inesquecível se torna uma luta pela sobrevivência e pela manutenção da sanidade.

É preciso destacar de cara aquilo que mais me chamou a atenção: a relação entre Era de Aquarius e Eu Sou a Lenda. A primeira metade do livro de Luiz Eduardo se passa apenas com Roberto e Carol explorando um mundo em ruínas. Me lembrou a primeira parte da adaptação para o cinema do clássico de Richard Matheson. Nos primeiros 40 minutos, o protagonista interpretado pelo ator Will Smith explora a cidade de Nova York junto com o seu cachorro. Prédios devastados e lojas abandonadas demarcam o cenário. Mas, mais do que tudo é interessante como o filme consegue se focar em um único personagem e a sua angústia de um mundo devastado. É a sensação é a mesma com os dois protagonistas. A passagem dele por diversos ambientes destruídos e a sensação de angústia e impotência é quase a mesma. O autor consegue passar bem essa sensação para os leitores a partir das descrições feitas pelo narrador (em terceira pessoa).

Os dois personagens são bem construídos apesar de que Carol parece ser apenas uma acompanhante. No início o autor inicia um trabalho de delineamento das características psicológicas da personagem, mas esse trabalho ficou pela metade. Por esse motivo, Carol acaba sendo uma personagem que eu gostaria de ver melhor trabalhada. Já Roberto faz um papel mais ativo, sentindo os problemas com os quais precisará lidar, mas ao mesmo tempo se preocupando com a segurança de sua família. Gostei que o autor nos apresenta um personagem falho quando algumas de suas ideias para prosseguir o caminho não dão resultado e o casal precisa lidar com as consequências de uma escolha ruim. Ou seja, o protagonista não é um super homem infalível. Impossível não associar a figura de Roberto ao de Rick Grimes, protagonista da série The Walking Dead nas primeiras temporadas. Ele sempre procurava ser assertivo e precisava lidar com um mundo cujas regras haviam mudado radicalmente.

O aspecto psicológico é largamente trabalhado pelo autor. Ele procura descrever os sentimentos dos personagens de acordo com as situações em que eles vivem. A necessidade de sobrevivência acaba precisando superar a tristeza da dor de uma perda. Quando vemos depois Roberto tentando (e falhando) em seu contato com alguns grupos de sobreviventes, o personagem se recrimina por continuar mantendo o seu espírito de socialização. Em um mundo sem lei, o homem acabou regredindo aos seus instintos mais básicos. Isso fica claro em algumas passagens da história.

Para um livro que se chama Era de Aquarius, Aquarius tem pouca importância para a história. O autor poderia ter dado alguma pista de que a cidade (?) existia. Algumas falas soltas, alguns rumores. Nada disso aparece antes de o casal chegar ao nordeste. A ideia de um grupo de sobreviventes também é uma outra relação ao livro Eu Sou a Lenda. Mas, posto isso, não compreendo o motivo para o posto título. Okay, é uma série… Certo. Novamente ainda acho que Aquarius deveria ter uma importância maior para justificar o título do livro. Caso contrário, o autor poderia ter optado pelo subtítulo que também daria uma sonoridade bacana. Posso estar parecendo chato, mas em muitas ocasiões o título do livro é o chamariz para a história. Seja um nome ou uma situação. Quando o título tem pouco ou nada a ver com o que é apresentado, soa estranho.

Enfim, gostei da escrita de Luiz Eduardo e da história apresentada. Ele empregou uma temática que eu já não via há algum tempo (exceto pelo exaustivo emprego de zumbis, vampiros, demônios ou afins). O protagonista é um personagem bem construído apesar de a sua companheira ser um pouco deixada de lado. A ambientação é aquela típica de um mundo em ruínas após um evento apocalíptico e os personagens passam mais tempo no interior (ou seja, a ambientação não interefere tanto assim na história). Entretanto, achei estranho a escolha do título já que ele pouco tem a ver com o que é apresentado, já que Aquarius só aparece mais para o final da história e não é mencionada antes da metade final. Acho que o autor pode trabalhar mais a sua ambientação, mas sinto que podemos esperar coisas bem interessantes dele no futuro.”


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